Enviada a 8 de Dezembro de 2009, às 11.49h
Bom dia Inês
Ah... afinal o passarinho que insistia em pousar-me no ombro e segredar-me palavras tão delicadamente coladas num doce chilrear, vinha da sua parte... devia ter suspeitado!!!
Encantadoras as palavras com que embrulhou aquilo a que chamou mais um delírio...
A vida é uma aventura saborosa. Todos os dias, o prazer de se descobrir o encanto de se estar e participar do que acontece no lugar onde se está é-nos oferecido, sempre à margem de uma agenda a que insistimos em agarrar-nos, na esperança de que os momentos das nossas fantasias ou obrigações se cumpram. E muitas vezes uns e outros até se cumprem... mas são apenas um pálido exercício abstracto do prazer e do bem-estar que imaginámos.
Já me desvinculei de todos os sonhos... não há nenhum que, quando cumprido, consiga produzir o efeito extraordinário e estonteante de que me dou conta, face ao imprevíssível, generosamente livre de propósitos do que a vida me permite a cada momento.
O prazer de estar sentado numa esplanada deliciosamente tranquila, olhando para o mar que se estende preguiçoso aos meus pés, sentindo uma leve brisa no rosto, levemente aquecido por um sol que se faz frágil como convém, enquanto escrevo este texto e bebo o meu café... é absolutamente inexcedível. Este momento na minha vida é único e eu estou inteiramente presente para o apreciar... e partilhar consigo. Não preciso de sonhos, de fantasias, de propósitos previamente estudados, nem de lhe atribuir um sentido a caminho de um tempo ou destino a cumprir a seguir.
É a oportunidade de experimentar a sensação única de se ser livre, por condição intrínseca e não por opção ou concessão. Livre do que está antes. Livre do que imagino ou desejo a seguir.
Esta é a minha realidade constante... um completo delírio e absurdo que me coloca longe dos trajectos estruturados de quem vai sempre a caminho de alguma coisa.
Não sei o que poderei ter feito ou dito que lhe mereceu a atenção, brindando-me com um tratamento tão excepcional, como o da partilha generosa de si na forma das palavras que molda com uma sensibilidade tão invulgar, pela inteligência que está muito para além do que a sua brevidade encerra. Em qualquer dos casos... estou-lhe grato pelo gesto.
Ah... antes que me esqueça... estou a gostar! Continue! (sempre que quiser...)
Envio-lhe um beijinho grande na forma de um sorriso que a vida se encarregará de lhe fazer chegar da forma que for mais expedita...
Pedro
P.S. - Dormi aconchegado na doçura do seu beijinho. Obrigado
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
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